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A mobilidade elétrica tem despertado muitos sentimentos, mas nem sempre positivos.

Fala galera, beleza? Mais uma vez gostaria de trazer minha percepção e opinião sobre a mobilidade elétrica. Tenho observado que o assunto "carro elétrico" vem aparecendo cada vez mais na mídia e rede sociais. Todavia, nem sempre como algo positivo.


Venho trabalhando de forma intensa e apaixonada com o compartilhamento das minhas experiências e opiniões. No longíquo ano de 2019, eram poucos os perfis em redes sociais que se aventuravam em falar exclusivamente sobre o assunto e as mídias profissionais começavam a falar sem muita propriedade.


Com o passar dos anos, multiplicou o número de perfis sobre o assunto e as mídias tradicionais começaram a ter mais contato, afinidade e experiências próprias. Entretanto, cada vez mais, também, aumentaram as publicações detratoras.


Sejamos sinceros, a internet é movida por polêmicas. Boas notícias vendem muito pouco em comparação com denúncias e reclamações. Vejam que poucos falavam sobre o assunto até 2020, exceto em casos específicos quando surgia a pauta por alguma ação tomada por prefeituras ou estados com incentivos.


Todavia, com o crescimento das vendas de veículos elétricos e o desenvolvimento gradual da rede de carregamento, além de ter maior visibilidade, surgiram os detratores profissionais. Claro que nem tudo são flores no mundo da mobilidade elétrica, mas o pior é ouvir reclamação de quem se quer tem relação com o assunto. A mobilidade elétrica tem despertado muitos sentimentos, mas nem sempre positivos.


A pior coisa que existe é leitor de Manchete e pesquisador de cortes no YouTube, o "especialista" só repete os jargões sem saber oque significa, mas acredita que é tudo que precisa saber sobre o assunto.


A frase mais usada é "O carro elétrico já morreu três vezes, essa é a quarta vez", extraída de um corte no canal "A Roda" em uma entrevista com o César Unhani. Entretanto, não conheço ninguém que saiba exatamente o que o César quis dizer, exceto pelo próprio César, que explicou em outro momento, mas isso não aparece nos cortes.


Outra frase muito repetida é que existem cemitérios de carros elétricos espalhados pelo mundo. Tudo fruto de matérias que usam a imagem de um pátio com diversos carros ao tempo. Infelizmente, pouco se fala do contexto do pátio e deixam a impressão que os carros foram abandonados por que não funcinam mais ou porque são inviáveis.



Para trazer uma luz sobre o assunto, gostaria de citar uma reportagem do AutoPapo.



O que o Inside China Auto apontou é que: em 2016, houve um aumento no serviço de aluguéis de bicicletas elétricas, uma via mais econômica e prática do que o aluguel de carros elétricos. Os cidadãos conseguiam a bike rapidamente, por um custo menor do que os EVs, além de não terem problemas de pontos de estacionamento.
Quando a população teve ciência de que trocar o carro elétrico pelas bicicletas era viável, o abandono do serviço dos automóveis foi iminente.

Não é somente veículos elétricos que ocupam o pátio, há diversos táxis aposentados. Mas citar esse fato enfraqueceria a imagem e não impactaria tanto o discursão contra os veículos elétricos.


Por conta da posição de alguns profissionais do setor automotivo, e até mesmo grandes executivos, o esforço para gerar uma imagem tão negativa sobre os veículos à bateria é tão forte que chega a soar como algo organizado e com a intenção de criar uma onda de comentários e ampliação do discurso.


Como a eficiência dos motores elétricos é indiscutível, o foco acaba sendo na energia, tanto na forma de armazenamento quanto a produção. Falando do armazenamento de energia (bateria de alta voltagem), os pontos mais críticos são a extração. o custo de produção, capacidade de armazenamento, vida útil e descarte. Não preciso nem dizer que responder todos esses pontos exigiria outro texto, mas são todas questões já repondidas.


Pior é ter que ouvir discursos de politicos e empresários contrarios a mobilidade elétrica dizendo que o Etanol é mais limpo que a eletricidade, mas esquecem de mencionar que a base de comparação deles é com a matriz energética da Europa, lugar que nem se usa o Etanol por conta das temperaturas baixa da região.


Sinto que o receio dessas pessoas não é que o carro elétrico acabe tomando o mercado de uma hora para outra, mesmo porque não haveria produção suficiente para isso. Acredito que o motivo seja que as pessoas começarão ter cada vez mais parâmetros de comparação e comecem a exigir produtos melhores ou redução de preço. Basta observar quantos itens de conforto e utilidades que um modelo "básico" elétrico traz a mais que um equivalente à combustão.


Entretanto, a postagem que me inspirou a escrever o texto tem relação com a infraestrutura de carregamento. Os dircursos sempre falam sobrea a quantidade de carregadores no Brasil e ao tempo de carregamento. É fato que muita coisa ainda precisa ser feita e lutamos por isso.


É incrível que as pessoas que mais reclamam sobre a falta de infraestrutura nas redes sociais são exatamente aqueles que não usam e não possuem informação acerca do assunto. Ainda temos um longo caminho, mas ele está sendo contruido de forma acelerada. Nos últimos 4 anos, a rede de carregamento aumentou 10 vezes, inclusive com a oferta de carregadores de até 350 kW.


A verdade é que ninguém taca pedra em árvore que não dá fruto e a mobilidade elétrica tem apresentado cada vez mais frutos em cada país que é implantada de forma correta. Não peço que o carro elétrico seja a única opção, apenas que seja mais uma opção viável. Já tivemos tantas políticas públicas para incentivar os veículos à Etanol e para produção local veículos com baixa cilindrada. Por que o carro elétrico é recebido com uma âncora ao invés de um trampolim?


Deixo a reflexão para todos: Por que será que os carros elétricos atraem tanta raiva daqueles que nem usam? Seria inveja ou algo maior?


Até mais.


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