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Preço Vs. Autonomia - O dilema dos próximos Veículos Elétricos

Desde que comecei a gerar conteúdo sobre mobilidade elétrica, as principais críticas que recebo são "muito caro" ou "tem baixa autonomia"


Fala galera, beleza? Acredito que estamos passando por uma nova revolução em relação a forma de se movimentar. Apesar de o motor elétrico não ser algo tão novo, a adição dos veículos elétricos ao rol de opções acaba trazendo questionamentos que pouco eram feitos no passado.


Até poucos anos atrás, quando as opções ficavam restritas ao tipo de combustível e a cilindrada do motor, poucos se perguntavam qual a autonomia que o veículo faria. No máximo, quantos quilômetros faria com um litro de combustível.


De fato, a preocupação da autonomia dos veículos à combustão não é problema para a maior parte do Brasil, principalmente nos grandes centros, mas também não é algo podemos considerar abundante em todo o território nacional, principalmente quando falamos de GNV e Etanol. A questão de autonomia fica mais restrita as regiões mais afastadas, que nem sempre possuem opção de um posto de abastecimento por muitos quilômetros. Quando falamos de grandes centros, a preocupação mais comum é relação a qualidade do combustível disponível. Opções até existem, mas...


Mais do que o dilema de comprar ou não um veículo elétrico, é uma questão de estratégia. A mesma coisa que aconteceu com os veículos Flex nos anos 2.000, acontece agora com os veículos eletrificados. (tanto elétricos, quanto híbridos). Ano após ano, ter um veículo Flex foi deixando de ser uma opção para uma "quase" certeza.


É provável que veremos o mesmo movimentos nos próximos anos, ter um motor elétrico e uma bateria de alta tensão em seu carro será inevitável. Conforme publicado no site iberdrola.com, espera-se que teremos motores elétricos em 35% a 47% da frota global.




Virando a chave para os veículos elétricos, sabemos que a infraestrutura de carregamento ainda está em desenvolvimento e segue um ritmo mais lento que o volume de vendas dos veículos. Todavia, estamos passando por um crescimento constante, de forma estruturada e sem nenhum incentivo do Estado (Imagine se tivesse, como estaria na rede recarga brasileira?).


Sejamos sinceros, a maioria das pessoas que utilizam a autonomia dos veículos elétricos devem fazer ocasionalmente viagens longas. Talvez nem estejam acompanhando o crescimento das infraestrutura de carregamento e (principalmente) o aumento da autonomia dos veículos para dizer que é inviável viajar de carro elétrico.


De acordo com matéria publicada pela Gazeta do Povo "Um levantamento elaborado pelo KBB Brasil, plataforma especializada em precificação de automóveis novos e usados, revelou que essa distância anual é bem menor: 12,9 mil km." Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/automoveis/km-rodado-ano-carro-motorista-brasil/


O estudo demonstra que existe pouca diferença entre os Estados brasileiros em relação a quilometragem média por ano. O Estado do Tocantins é aquele que apresenta a maior média (17.600) e Pernambuco com a menor média (11.100). Mesmo entre o público mais estradeiro (os SUVs compactos) a média está por volta de 14.000. Em resumo, a maioria dos brasileiros roda em torno de 1.100 km por mês.


Claro que estamos falando de uma média. Temos muitos motorista que rodam entre 5.000 e 8.000 km por mês. Mas entenda que são a exceção e mesmo assim, sua média diária não passa de 400 km por dia (considerando apenas os dias da semana). Ah, mas e seu eu quiser fazer uma viagem mais longa? Diga-me por onde andas e te direi onde carregar... rsrsrs. A realidade das estradas brasileiras é de pleno desenvolvimento e novos pontos surgem dia após dia.


Talvez, para a sua rotina, um veículo com autonomia de 300 km é mais que suficiente, por roda pouco por dia ou sempre nas regiões com ampla cobertura de rede carregamento. Mas se você quer mais autonomia (e pode gastar um pouco mais), já temos diversos veículos que te entregam se dificuldade autonomias de 450 km ou mais.


Com a evolução constante das células de baterias, o mesmo peso de bateria aumentou em até 2 vezes a quantidade de armazenamento de energia em poucos anos. Além disso, o custo de cada kWh de energia armazeno caiu em torno de 25% entre 2019 e 2023, mesmo passando por um período de pandemia na maior parte desse recorte de tempo.


Um texto escrito no site MIT Technology Review traz um gráfico com o aumento das baterias de alta tensão que equipam os veículos elétricos entre o período de 2017 e 2022 que já mostrava um avanço acelerado. Com a evolução das células de desenvolvidas pelos principais fabricantes (BYD, SVOLT e CATL), a capacidade de armazenamento por kg de bateria será ainda mais impressionante.



A eficiência energética das novas baterias, acompanhada do aumento de produção e da concorrência no mercado, permite que veículos elétricos consigam oferecer cada vez mais pelo mesmo preço praticado, ou até mais barato. Agora, para aqueles que decidam comprar um veículo elétrico, fica o seguinte dilema: Pagar menos ou rodar mais? Com a redução dos preços, as montadoras começam a trazer veículos com duas opções autonomias. Quase que uma campanha "QUER RODAR QUANTO???".


Segue abaixo uma pequena lista de opções que surgiram no mercado recentemente e dão a alternativa de autonomias diferentes :


Menor preço

Maior autonomia

BMW iX xDrive40

BMW iX xDrive50

BYD Dolphin GS

BYD Dolphin Plus

GWM ORA 3 Skin

GWM ORA 3 GT

Volvo EX30 Core E50

Volvo EX30 Ultra E60

BYD King GL

BYD King GS

BYD Song Plus

BYD Song Pro

GWM Haval H6 PHEV19

GWM Haval H6 GT


Ter um veículo elétrico tem se tornado cada vez mais fácil e justificável, a questão se resume ao carro que melhor te atende. Seja por conta de economia, avanço tecnológico ou sustentabilidade, as opções são cada vez mais fartas. O ponto em questão é: Será que preciso de uma bateria "Mega Blaster" ou bateria "que cabe no bolso" seria a melhor opção.


Até mais.




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